Prefeitura de Santa Cruz e Agefa renovam convênio para manutenção da Escola Família Agrícola

Por Stephany Foscarini

A Prefeitura de Santa Cruz do Sul e a Associação Gaúcha Pró-Escolas Famílias Agrícolas (Agefa) renovaram convênio para fins de manutenção da Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc). O ato de assinatura ocorreu nesta quarta-feira, 13, no salão nobre do Palacinho, com a presença da prefeita Helena Hermany, do vice-prefeito Elstor Desbessell, do secretário municipal de Agricultura, Hardi Lúcio Panke, e de representantes da escola e da associação.

Pelo convênio, mantido há 12 anos, estão sendo ofertadas bolsas para 21 alunos da área de abrangência, no valor de R$ 500,00 cada, além do pagamento de R$ 2.400,00 pelo transporte escolar, totalizando um investimento de R$ 12.900, mensais, com recursos do orçamento da Secretaria Municipal de Agricultura (Seagri). Os jovens, filhos e filhas de agricultores, recebem formação contextualizada no Ensino Médio e no Técnico Agrícola, via pedagogia da alternância.

Pelo modelo, o aluno permanece uma semana na escola e outra na propriedade agrícola, junto à família. Os conhecimentos repassados valorizam a agricultura familiar e a produção de alimentos e contribuem para a juventude rural construir possibilidades profissionais de permanência no campo e fortalecimento da agricultura regional. Em razão da pandemia as atividades acontecem por enquanto no formato híbrido, com aulas presenciais e online.

Estamos renovando este convênio que existe desde 2009 e pelo qual a prefeitura já repassou um milhão e seiscentos mil reais”.

O convênio entre prefeitura e Agefa existe há 12 anos, desde a inauguração da escola em 2009. Conforme o secretário de Agricultura, Hardi Lúcio Panke, a parceria é mais que bem-vinda e deve continuar por muito tempo ainda. “Estamos renovando este convênio que existe desde 2009 e pelo qual a prefeitura já repassou um milhão e seiscentos mil reais. São recursos muito bem aplicados no meio rural para qualificação de jovens que darão continuidade à agricultura familiar”, ressaltou.

Ao se pronunciar, a prefeita Helena fez questão de dizer que a escola agrícola mudou a visão dos jovens sobre a atividade na agricultura familiar e acendeu neles a vontade de dar continuidade ao trabalho realizado pelos seus antecessores “Percebo que a escola faz com que os jovens tenham orgulho de ser agricultores. Eles querem progredir, mas não adianta dizer que os jovens têm que ficar no interior, se eles não veem perspectiva de futuro. Se eles enxergarem no campo uma oportunidade, com certeza vão permanecer, vão ficar por opção”, observou.

Hoje a Efasc está localizada na Granja Municipal, em Linha Santa Cruz, onde ocupa uma área de 17,4 hectares cedida pelo Município. A manutenção acontece por meio de parcerias com 31 entidades, entre governo do Estado, prefeituras, empresas e famílias colaboradoras.

Estão em formação regular na escola 104 jovens oriundos de 10 municípios da região, sendo que cerca de 50 por cento são de Santa Cruz do Sul. A escola contabiliza também 277 egressos, sendo que 89% desse contingente segue vinculado a atividades voltadas a agricultura familiar, seja como agricultores, técnicos e/ou estudantes do ensino superior em cursos afins.

Hoje eu sei que quero ficar na propriedade e a Escola Família Agrícola me proporciona muito, estou aprendendo coisas novas e assim a gente vai construindo o futuro aos poucos”.

Para Saori Kern, moradora de São Martinho, e aluna do segundo ano do Ensino Médio, a experiência com a escola mudou a percepção que ela tinha acerca de um futuro no campo. “Desde pequena eu ouvia dizerem que o campo não dá futuro, mas o campo é a nossa realidade e quero seguir lá. Hoje eu sei que quero ficar na propriedade e a Escola Família Agrícola me proporciona muito, estou aprendendo coisas novas e assim a gente vai construindo o futuro aos poucos”, disse.

Pensamento semelhante tem o aluno David Abdel Frantz, de Reserva dos Kroth, que também está cursando o segundo ano. Para ele a escola abriu horizontes e despertou a vontade de seguir na agricultura familiar. “Antes da escola eu não era ligado ao campo, não me envolvia. Depois que entrei, vi que aqui (o campo) é o lugar certo pra mim, descobri que esse é o caminho que eu quero seguir, que isso pode dar certo, que tem como fazer”.

Foto: Luiz Fernando Bertuol/Divulgação | Fonte: Assessoria
Publicidade

Você também pode gostar

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.