Varejo gaúcho registra terceiro maior crescimento de vendas no 1º semestre

Por Amanda Krohn

O Panorama do Comércio RS, desenvolvido pela Federação Varejista do Estado do Rio Grande do Sul destaca os dados referentes ao 1º semestre de 2022. Os resultados dão uma medida de como os setores têm reagido ao fim do longo período de restrições impostas pela crise sanitária. O primeiro setor analisado é o comércio, que registrou avanço de 8,5% no Rio Grande do Sul, na comparação entre o 1º semestre de 2022 e o mesmo período do ano anterior. Esse foi o terceiro maior crescimento registrado entre as Unidades da Federação, para essa mesma base de comparação.

O setor de Serviços também avança, e num ritmo forte. O crescimento no 1º semestre de 2022 foi de 15,4%. Esse setor apresentou uma recuperação mais lenta, porém mais consistente. Por sua vez, a produção industrial no estado avançou 0,4% na comparação entre o 1º semestre de 2022 e o mesmo período do ano anterior.

“O desempenho econômico no estado dependerá, daqui em diante, da dinâmica própria da economia e dos desafios conjunturais locais, nacionais e externos. Um dos principais desafios é a inflação”, salienta o presidente da Federação Varejista do Estado do Rio Grande do Sul, Ivonei Pioner.

O índice oficial de preços medido na região metropolitana de Porto Alegre registra avanço de 8,7% no acumulado dos 12 meses encerrados em julho, de acordo com o IBGE. Apesar da desaceleração notada em julho, o ritmo de avanço dos preços ainda é elevado. “Depois de quase dois anos de incertezas, a economia vai retomando o seu passo. Olhando para o médio e longo prazos, desempenho dos próximos anos dependerá, no entanto, da capacidade de endereçarmos os entraves locais e nacionais ao crescimento econômico”, acrescenta Pioner.

Depois de quase dois anos de incertezas, a economia vai retomando o seu passo. Olhando para o médio e longo prazos, desempenho dos próximos anos dependerá, no entanto, da capacidade de endereçarmos os entraves locais e nacionais ao crescimento econômico – presidente da Federação Varejista do Estado do Rio Grande do Sul, Ivonei Pioner

Desemprego recua

O quadro do mercado de trabalho também se mostra favorável no estado. De janeiro a junho de 2022, o estado registrou saldo positivo de criação de vagas formais em todos os meses. Como reflexo disso, a taxa de desemprego, que considera as posições formais e informais de trabalho, vem caindo. No segundo trimestre de 2022, essa taxa alcançou o menor patamar desde 2015.

No mercado de crédito, ainda não é possível fazer uma avaliação do semestre, mas, de acordo com os últimos dados divulgados pelo Banco Central, o saldo de empréstimos e financiamentos a pessoas físicas e jurídicas cresce no estado, e a inadimplência permanece em níveis historicamente baixos.

No 1º semestre de 2022, vendas do comércio varejista crescem 8,5% no Rio Grande do Sul

Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que as vendas do comércio varejista do Rio Grande Sul avançaram 8,5% no primeiro semestre de 2022, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Com esse resultado, o estado registrou o terceiro melhor desempenho observado entre as 27 unidades da Federação.

Apesar do crescimento na comparação semestral, na comparação mensal, isto é, entre maio e junho de 2022, o volume de vendas do comércio varejista recuou 1,8%. Nessa base de comparação, os dados nacionais também registraram queda (-1,4%). A evolução da série do indicador de vendas mostra que o estado do Rio Grande do Sul conseguiu superar os patamares observados antes da pandemia, deixando para trás as perdas ocasionadas pelas medidas sanitárias.

Presidente da Federação Varejista do RS, Ivonei Pioner

Vendas crescem em seis dos oito segmentos analisados pelo IBGE no Rio Grande do Sul

Analisando o desempenho do setor varejista por segmento de atividade no 1º semestre de 2022, observa-se que o segmento de “Livros, jornais, revistas e papelaria” registrou o maior crescimento, com avanço de 32,0% no Rio Grande do Sul. A comparação é com o 1º semestre de 2021, quando ainda havia restrições ao funcionamento das atividades. Esse segmento está entre os que tiveram a recuperação mais lenta depois das quedas registradas em virtude da pandemia. Em seguida, aparece o segmento de Tecidos, vestuário e calçados, com avanço de 19,3% no 1º semestre. Outros artigos pessoais e domésticos registraram avanço de 17,2%. Apenas dois segmentos registraram queda nessa base de comparação: o de Móveis e eletrodomésticos, com recuo de 3,8%, e o de Materiais para escritório, com queda de 32,2%.

Taxa de desemprego desce ao menor patamar desde o 1º trimestre de 2015 no RS

Dados da PNAD Contínua, do IBGE, permitem dimensionar o tamanho do mercado de trabalho no Rio Grande do Sul. A população total do estado foi estimada, no segundo trimestre de 2022, em 11,5 milhões. Desse total, 6,2 milhões compõem a força de trabalho, isto é, estão trabalhando ou estão desocupados no momento, mas à procura de trabalho. Dentro da força de trabalho, 387 mil encontram-se desempregados e 5,8 milhões estão empregados. A taxa de desemprego é calculada como uma proporção da força de trabalho. Em junho de 2022, essa taxa indicou que 6,3% da força de trabalho estava sem trabalhar. O resultado foi o menor desde o 1º trimestre de 2015. Cabe notar ainda que o desemprego no estado fica abaixo do observado no país como um todo (9,3%).

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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