Representantes do poder público e da sociedade civil participaram nesta segunda-feira (29) de uma reunião convocada pela Prefeitura Municipal de São Leopoldo. O objetivo do encontro foi mostrar a minuta do decreto que cria o Grupo Permanente de Acompanhamento do Sistema de Proteção Contra Cheias do Rio do Sinos, que será responsável por ajudar a elaborar as medidas necessárias para evitar que ocorram novas catástrofes como a enchente de maio de 2024, que atingiu 180 mil moradores da cidade.
O prefeito Ary Vanazzi (PT) destacou que a reunião visou também ouvir sugestões dos representantes convidados, para somente então elaborar o texto final do decreto. “Este comitê, composto por várias entidades – dentre elas a Acist-SL – empresários, trabalhadores e secretarias municipais, visa construir um sistema de segurança para a população de São Leopoldo”, salientou o chefe do executivo leopoldense.
O Grupo é formado, até o momento, pela Defesa Civil Municipal, Procuradoria Geral do Município (PGM), pelas secretarias Geral de Governo (SGG), de Obras e Viação (Semov), Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), e de Habitação (Semhab), Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae), Câmara de Vereadores de São Leopoldo, Corpo de Bombeiros, Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Tecnologia de São Leopoldo (Acist-SL), Câmara de Dirigentes Lojistas, Sindicato de Comércio Varejista de São Leopoldo, Sindicato Patronal das Indústrias Metalmecânica e Eletroeletrônica (Sindimetal), Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Metalúrgica, Mecânica e de Material Elétrico de São Leopoldo (Stimmme), Conselho de Desenvolvimento da Comunidade de São Leopoldo, Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos) e Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM).
Após ouvir a íntegra do decreto, o presidente da Acist-SL, Daniel Klafke, sugeriu a inclusão no grupo do Ecossistema de Inovação (Re)construção. “Várias sugestões já estão em análise junto aos integrantes e que podem ser valiosas no processo de elaboração de estratégias para a cidade”, ressaltou Klafke. Sua fala foi complementada pelo decano da Escola Politécnica da Unisinos, Sandro Rigo, que colocou o ambiente acadêmico para contribuir, tanto para estudos de longo prazo, como para testes físicos diversos, além de buscar recursos de forma conjunta para monitorar e comunicar desastres, por exemplo.
O presidente do Sindimetal, Sérgio Gallera, sugeriu também a inclusão da Câmara Temática da Indústria no Grupo. “Individualmente, integrantes da Câmara já estão listados, mas é importante que a Câmara tenha um assento para contribuir com este projeto tão essencial para a retomada das atividades produtivas”, pontuou Gallera.
Na próxima semana, em data ainda a definir, o grupo terá nova reunião, desta vez para a apresentação dos projetos emergenciais já em andamento, como a dragagem do Rio do Sinos, a manutenção e ampliação dos diques e os serviços nas casas de bombas, e para definir as estratégias de longo prazo.