Alertas emitidos pela Defesa Civil do Estado e por todos os institutos de meteorologia indicam a volta da chuva ao Rio Grande do Sul no fim de semana. De sexta até segunda-feira, podem ser registrados acumulados que chegam a até 200 milímetros na Região Metropolitana, nos vales e na Serra, onde está a nascente do Rio Caí. O quadro aponta para um “repique” da enchente. Ou seja, a água que agora está baixando lentamente, à razão de um centímetro por hora de acordo com a régua da empresa Tanac, deve voltar a subir.
A Prefeitura e a Defesa Civil do Município estão monitorando a situação e se preparando para atuar caso a previsão se confirme. A primeira medida foi a suspensão da entrega de colchões às vítimas da enchente. Existe o receio de que eles se percam se houver outra inundação e a reposição, neste caso, seria praticamente impossível. Até porque existem muitas outras cidades com necessidades até maiores.
O prefeito Gustavo Zanatta pede que as famílias atingidas não voltem para suas casas por enquanto. Os abrigos não serão desativados e as equipes de apoio seguirão mobilizadas. “Quem está nos abrigos ou nas casas de parentes e amigos deve permanecer. Como o Rio está cheio, se chover forte, a subida será rápida e não haverá com salvar a todos”, alerta.
Zanatta também faz um apelo à comunidade: que siga mobilizada no auxílio às vítimas da enchente, tanto na limpeza das casas quanto na preparação de alimentos. Principalmente aqueles que ajudaram nos salvamentos, sobretudo os que possuem barcos, devem ficar atentos às redes sociais da Prefeitura para eventuais chamados em caso de necessidade.
“Nós estamos enfrentando a maior tragédia de nossa história. Mais de 11 mil pessoas foram atingidas de alguma forma. Infelizmente, uma pessoa morreu, mas este número seria muito maior se a população não tivesse ajudado nas ações de socorro”, destaca o prefeito. “Quero agradecer a cada um que auxiliou de alguma forma e pedir novamente este apoio. O fim de semana será de alto risco. Vamos preservar vidas”, conclui Zanatta.
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