PIB do RS cresceu 3,8% no primeiro semestre 

Por Gabrielle Pacheco

A soma das riquezas produzidas pela economia gaúcha no primeiro semestre de 2019 alcançou 3,8% de crescimento, enquanto o Brasil cresceu 0,7% no mesmo período. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul nos seis primeiros meses do ano foi fortemente influenciado pelos desempenhos da agropecuária, que cresceu 7,2%, e da indústria, com crescimento de 5,5%. Desde o primeiro semestre de 2013, o PIB do Estado não crescia tanto na primeira metade do ano.

O PIB do segundo trimestre de 2019 foi apresentado na tarde desta segunda-feira (14), pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag). O resultado, segundo os pesquisadores que elaboraram o indicador, deve ser comemorado com cautela.

“O crescimento do primeiro semestre de 2019 se deu sobre uma base deprimida, devido à estiagem e à greve dos caminhoneiros que ocorreram na primeira metade de 2018”, pondera Roberto Rocha, pesquisador em economia da Seplag.

Rocha destaca o desempenho do setor automotivo no Estado. A produção de automóveis, implementos e carrocerias contribuiu decisivamente para o crescimento de 6,4% da indústria de transformação no período.

A dinamização da agropecuária e de segmentos da indústria do RS fez com que, no semestre, os serviços crescessem mais do que na média nacional: 1,8% em comparação com 1,2% do país. O crescimento dos três setores foi maior no Estado do que no Brasil, evidenciando, mais uma vez, o desempenho superior da economia gaúcha em 2019, aponta a pesquisa. O resultado positivo do segundo trimestre deste ano é o quarto numa sequência que teve início no terceiro trimestre de 2018, logo após a greve dos caminhoneiros.

A secretária de Planejamento, Leany Lemos, destacou que o resultado mostra a “força da economia do Estado” e que a divulgação do indicador pelo DEE faz parte da estratégia da pasta de “para melhorar a gestão pública, aumentar o volume de informações qualificadas para a sociedade e dar base para decisões do setor privado”.

Leany reforça todas as medidas que vêm sendo tomadas para reformar a máquina pública e auxiliar na atração de investimentos: “se não equacionarmos a crise fiscal, o governo estadual não poderá realizar os investimentos fundamentais ao crescimento da economia”. O DEE deverá apresentar até o final deste mês uma análise mais aprofundada da conjuntura econômica.

“Se não equacionarmos a crise fiscal, o governo estadual não poderá realizar os investimentos fundamentais ao crescimento da economia”.

Em relação ao trimestre imediatamente anterior (2° trim./2019 sobre o 1° trim./2019), o crescimento do PIB foi de 1,4%. Neste comparativo, a economia nacional evoluiu tão somente 0,4%. Quando comparado ao mesmo trimestre do ano passado (2° trim./2019 sobre 2° trim./2018), o crescimento da economia gaúcha chegou a 4,7%. O país, considerando o mesmo período de um ano para o outro, teve variação positiva de 1%.

Foto: Reprodução | Fonte: Assessoria
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