Ospa interpreta repertório para sopros e percussão sob batuta de maestro alemão

Por Gabrielle Pacheco

A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre apresenta, no sábado (28), às 17h, um concerto especial com repertório voltado para formações de instrumentos de sopro e percussão. Sob a regência do maestro Walter Hilgers, que estreia à frente da Ospa, a sinfônica interpreta obras da Era Clássica ao Modernismo que, por apresentarem uma instrumentação diferenciada, não são frequentemente executadas. O solista da noite é o violoncelista Diego Schuck Biasibetti. A apresentação acontece na Sala de Concertos da Casa da Música da Ospa (Avenida Borges de Medeiros, 1501 – Centro Administrativo Fernando Ferrari). Os ingressos estarão à venda por valores entre R$ 30 e R$ 80 em www.ospa.org.br ou no local, no dia do evento, das 14h às 17h.

O programa inicia com ‘Ouverture pour une Cérémonie pour Cuivres et Batterie’ do compositor Eugène Bozza. Com ritmo marcado, a peça demonstra o estilo refinado das composições francesas do século 20. Na sequência, o violoncelista Diego Schuck sobe ao palco para interpretar os solos do ‘Concerto para violoncelo e orquestra de sopros’. De notável dificuldade técnica, a obra é de autoria de Friedrich Gulda (1930-2000) e mescla elementos das músicas populares austríacas com sonoridades do rock e do jazz. Formado em violoncelo barroco pela Escola Superior de Artes de Bremen na Alemanha, atualmente Schuck é violoncelista da Ospa, da Orquestra Unisinos-Anchieta e da Orquestra Sinfônica da UCS. Também possui formação em regência Coral pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e, desde 2012, atua como regente do Projeto Ópera na UFRGS. Para a ocasião do concerto, a sinfônica e o solista interpretam a composição com um arranjo especial, feito pelo maestro Walter Hilgers.

Para finalizar a noite, o último compositor lembrado é Modest Petrovich Mussorgsky (1839-1881), com a sua ‘Quadros de uma exposição’. A suíte é uma das peças mais conhecidas do repertório russo e busca retratar a mostra de pinturas e ilustrações do pintor Viktor Hartmann, amigo íntimo do compositor que havia falecido um ano antes. Natural da cidade de Stolberg, na Alemanha, o maestro Hilgers iniciou sua carreira musical como tubista e completou sua formação em tuba, contrabaixo e piano na Universidade de Música de Aechen. Como instrumentista, atuou nas filarmônicas de Hamburgo, Viena e na NDR. Na posição de regente, já foi diretor principal da Orquestra Filarmônica de Banatul/Timisoara, diretor artístico e diretor convidado da Orquestra Filarmônica Paul Constantine (România) e, desde 2017, ocupa o cargo de diretor principal da Orquestra Sinfônica Provincial de Santa Fé (Argentina).

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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