Material escolar está 15,3% mais caro

Por Gabrielle Pacheco

Quem ainda não abasteceu a mochila dos filhos para o início das aulas, precisa pesquisar. Caso contrário, vai sentir no bolso a diferença apontada pela pesquisa do IPCA-IBGE, em relação aos itens de papelaria (que inclui todo o material escolar). Comparando com o preço médio pago pelos consumidores no mesmo período de 2017 , os gastos deverão estar cerca de 15,3% mais caros na  região metropolitana de Porto Alegre, incluindo Vale do Sinos, o que foi significativamente superior à inflação total, que fechou o ano em 2,52%.

“A pesquisa de preços é fundamental. Até o Procon de Novo Hamburgo divulgou uma pesquisa comprovando que a variação de preço de um produto de uma loja para outra pode chegar a 680%, isso é muita diferença”, lembra o diretor de marketing da CDL NH, Jorge Stoffel. O diretor de qualidade da entidade sugere que as empresas especializadas no ramo apostem no atendimento qualificado. “Quem é recebido na loja com gentileza, agilidade e quando o vendedor conhece o que está vendendo, o cliente normalmente acaba comprando toda a lista de material escolar ali. Mas se o atendimento é ruim, pode-se perder o cliente mesmo que o preço seja atrativo”, avalia Everaldo Cavalheiro, especialista em aumentar o desempenho das equipes através da qualidade.

“Normalmente após o início das aulas, especialmente os cadernos, mas também outros materiais escolares costumam diminuir de preço (lei da oferta e procura). Por conta disto, não é recomendável que os consumidores façam estoques destes produtos para o ano todo”, analisa o presidente da CDL NH, Gilberto Kasper.

Fazendo a Melhor Compra

– A primeira recomendação é que os pais das crianças em idade escolar façam a maior parte das compras desacompanhada dos filhos. Os produtos de grife, com foto dos heróis da moda, tem elevado preço adicional por conta do royalty que é repassado por conta dos direitos autorais dos personagens. Por exemplo, um caderno ou estojo com a capa contendo uma fotografia bonita chega a custar metade do preço daquele com a imagem do herói. Se for sem ilustração, a economia pode chegar até 75%. Mochilas, canetas, lápis e outros produtos seguem essa mesma lógica. A sugestão é, se possível, levar as crianças para as compras dos itens finais do material, já sabendo que eles tenderão a optar pelas grifes mais caras. Mas isso aumenta a satisfação deles em iniciar o novo ano letivo.

– Fique de olho nos produtos importados com preços completamente fora de padrão. Normalmente a qualidade dos mesmos é péssima, envolvendo canetas que vazam ou com pouca tinta; lápis com ponta quebradiça ou que exigem esforço demasiado para escrever ou desenhar; mochilas e estojos com fechos ruins; etc, o que pode gerar a necessidade de recompras. O melhor é dar preferência a produtos de fabricação nacional ou com certificação pelo INMETRO.

     –   Pesquise também nas papelarias de bairro. Alguns itens podem ter preços bem mais em conta do que os grandes magazines do ramo.

Foto: Reprodução | Fonte: Assessoria

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