Inteligência artificial transforma profissionais e empresas mais produtivos

Por Marina Klein Telles

O presidente da ACI, Robinson Klein, foi o palestrante do Conecta Regionais: Campo Bom, evento realizado nesta terça-feira, 03 de setembro, no Auditório do Feevale Techpark, com moderação de Eduardo Luiz Gottlieb, vice-presidente regional da entidade.

Abordando o tema Transformando Negócios com Inteligência Artificial, Klein destacou o funcionamento e os benefícios da IA e sugeriu aos participantes utilizar a ferramenta, que torna as empresas mais produtivas e, portanto, mais competitivas. Também fez um alerta: “Líderes empresariais que ficarem esperando para ver se a IA vai dar certo em três anos não vão mais conseguir entender o cenário competitivo”, acrescentou.

Apesar das facilidades de uso, da ampla disponibilidade, dos benefícios e do grande avanço no País nos últimos anos, a IA ainda é vista com receio por alguns profissionais, que temem perder seus empregos, o que não corresponde à realidade. A IA expande a inteligência e aumenta a produtividade de quem a utiliza. Corre o risco de perder seu emprego, portanto, quem deixar de utilizá-la.

“Trata-se um algoritmo que aprendeu a fazer algoritmos. O mundo está aprendendo e ensinando a IA 24/7 e ela está aprendendo sobre nós, humanos”, acrescentou Klein. Conforme ele, a IA é um sistema com milhares de camadas de processamento com milhares de elementos cada. São trilhões de variáveis para tentar imitar o ser humano, todo aprendizado é gerado com base em conhecimento passado, não futuro, e quem ensina são os humanos. A ferramenta, contudo, também enfrenta limites, como o consumo crescente da energia elétrica e o fato de ninguém saber exatamente todo processo de geração de respostas às perguntas, nem ela própria.

Duas tendências

Em janeiro de 2024, a OpenAI teve 2.4 bilhões de acessos globalmente. O Brasil teve 5,16% do total do ChatGPT, alcançando a 4ª colocação entre os países que mais visitam o site.

De acordo com o relatório Hype Cycle for Digital Workplace Applications 2024 da empresa de consultoria Gartner, duas tendências se destacam em relação à IA. A primeira é a Everyday AI, isto é, a inteligência artificial aplicada no dia a dia. Ela apoia uma nova forma de trabalhar, onde o software inteligente atua mais como um colaborador do que como uma ferramenta. Outra é DEX – Experiência Digital dos Colaboradores. Como os colaboradores dedicam cada vez mais tempo em atividades com tecnologia, é preciso ter uma estratégia para melhorar a experiência digital e o engajamento para atrair e reter os talentos.

Conforme a pesquisa, os líderes empresariais buscam orientações sobre como a tecnologia pode ajudar a aumentar a produtividade e o alinhamento organizacional. A Experiência Digital dos Colaboradores enfatiza as melhores práticas que aumentam a destreza digital, atraem e retêm talentos, além de ajudarem os colaboradores a alcançarem os resultados empresariais. “Para aumentar seu apelo e a relevância, os líderes empresariais devem adotar uma abordagem holística, envolvendo parceiros de tecnologia e de outras frentes, para a construção de um ambiente significativo que capacite os colaboradores a adotarem novas formas de trabalho”, indicou Robinson Klein.

Próxima fronteira dos negócios com IA

Os negócios vivem o limiar de uma nova fronteira, cuja lógica é a mesma atual: os negócios mais produtivos são mais rentáveis, por que a IA exponencializa a produtividade. Isso impõe ao Brasil o desafio de ampliar sua produtividade. Atualmente, ocupa apenas a 37ª posição entre 40 países no quesito impacto da inteligência artificial na economia. A consequência é que a produtividade relativa brasileira tende a piorar, por que os demais países estão sendo mais ágeis na transformação digital, enquanto no Brasil as empresas dependem esforço humano. Hoje um trabalhador americano produz 3,5 x mais que um brasileiro, um argentino 2x e um australiano 5x mais.

“Para vencer a próxima fronteira, é necessário entender que temos à nossa disposição uma nova dimensão da inteligência e a mudança é a mais rápida já vista. A IA não vai substituir pessoas e, sim, expandir a inteligência. Em resumo, a IA vai tirar o mundo do seu ciclo de produtividade estagnada”, explicou o presidente da ACI.

Robinson Klein enfatiza que os negócios são e serão cada vez mais transformados com a utilização da IA. As empresas em geral tornam-se mais produtivas com mais inteligência e podem ter inteligência ilimitada. Mas não é apenas uma questão de quererem utilizar a IA, que se impõe. “O mundo e a IA vão continuar em aceleração e não vão esperar por você e sua empresa”, concluiu.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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