Helena Hermany pede interferência do MPF por demora em contratos de casas populares

Por Milena Costa

Completando quase três meses do sorteio das 163 casas do Loteamento Santa Maria, a Administração Municipal aguarda a liberação dos contratos pela Caixa para iniciar o processo de remoção das famílias das áreas de risco e encaminhá-las para as novas moradias. Em razão da demora, a prefeita Helena Hermany foi até o Ministério Público Federal (MPF) na tarde desta quarta-feira (30), para solicitar a intervenção do órgão para acelerar a entrega das residências.

“Já têm conhecimento do número e endereço das suas moradias, todas elas prontas, mas não podem entrar pois até agora a Caixa não liberou os contratos. São quase três meses de agonia”

“Desde o dia 10 abril, os beneficiários do Santa Maria já têm conhecimento do número e endereço das suas moradias, todas elas prontas, mas não podem entrar pois até agora a Caixa não liberou os contratos. São quase três meses de agonia”, disse a prefeita Helena.

A audiência no MPF foi acompanhada pelos procuradores da República Carlos Augusto Toniolo Goebel e Marcelo Augusto Mezacasa. A partir da notícia de fato apresentada hoje, será iniciado um procedimento preparatório e tanto a Caixa quanto o Ministério do Desenvolvimento Regional, responsáveis pelo programa habitacional Casa Verde e Amarela, poderão ser oficializados a apresentar justificativa.

“Este é um assunto muito sério e as pessoas não podem ser iludidas”

Helena também anunciou que o sorteio das 284 casas do Loteamento Mãe de Deus será realizado nesta quinta-feira, 01, às 14h, com transmissão ao vivo pelo Facebook da Prefeitura. “É imprescindível que os beneficiários não tenham que esperar tanto tempo para ter acesso aos novos lares depois do sorteio. Este é um assunto muito sério e as pessoas não podem ser iludidas”.

Acompanhada por Galdino da Rosa, 70 anos completados hoje, morador da Travessa Krug e um dos contemplados com moradia no Loteamento Mãe de Deus, a prefeita Helena Hermany ainda declarou que a demora na entrega das casas é uma situação desumana.

“Estamos enfrentando um inverno rigoroso, com baixas temperaturas, e falando de pessoas que vivem em condições de extrema vulnerabilidade social, em moradias precárias e em áreas de risco, sem proteção adequada ao frio e ao clima”.

“Estamos enfrentando um inverno rigoroso, com baixas temperaturas, e falando de pessoas que vivem em condições de extrema vulnerabilidade social, em moradias precárias e em áreas de risco, sem proteção adequada ao frio e ao clima. São 447 famílias que aguardam há muito tempo pela chance de viver de forma digna, e que têm nestas residências a oportunidade que tanto sonharam”, afirmou Helena em um documento entregue aos procuradores.

Foto: Cassiane Kersting/Divulgação | Fonte: Assessoria
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