Fundação Iberê Camargo inaugura exposição fotográfica sobre obra de Álvaro Siza

Por Gabrielle Pacheco

Para dar continuidade às comemorações dos 10 anos de construção de seu edifício sede em Porto Alegre (RS), a Fundação Iberê Camargo apresenta, de 16 de junho a 5 de agosto de 2018, a exposição “As Durações do Rastro – A fotografia de Jordi Burch frente à arquitetura de Àlvaro Siza Vieira”, do fotógrafo português Jordi Burch. Com curadoria de Veronica Stigger, a exposição traz uma série de imagens que registram quatro conjuntos habitacionais da Europa projetados pelo arquiteto português Álvaro Siza, também autor do premiado projeto arquitetônico da Fundação Iberê Camargo.

Por ocasião da abertura, o fotógrafo e a curadora realizam uma conversa aberta ao público, no sábado16 de junho, às 14h. A entrada é franca.

Formada por 40 imagens, a série se originou de um convite que o artista recebeu para participar da Bienal de Arquitetura de Veneza de 2016, no pavilhão de Portugal dedicado a Siza. A ideia era levar Burch e uma equipe de cinegrafistas para acompanhar a visita do arquiteto a conjuntos habitacionais projetados por ele, depois de muitos anos sem rever essas obras.

O projeto levou Burch ao desenvolvimento de um trabalho que foi muito além do registro dos conjuntos habitacionais e de seus moradores. Como o novo título sugere, o fotógrafo explorou os rastros, as marcas e as impressões deixadas pela passagem do tempo na arquitetura de Siza. Convivendo com diferentes residentes, arquiteto e fotógrafo observaram a evolução dos habitats de antigos e novos moradores e as principais transformações sociais e urbanas ali ocorridas: processos de imigração, guetização, gentrificação e turistificação.

Em muitas fotografias da série, Burch se detém nos moradores e nos detalhes de cada habitação. “A atenção ao detalhe pode nos ajudar a entender aquilo que atravessa o homem, a casa, a história, o tempo”, explica o fotógrafo.  Segundo a curadora Veronica Stigger, a exposição não apresenta as fotografias divididas didaticamente por locais, mas “por afinidades de temas, formas e imagens que elas trazem, misturando os bairros, as gentes e as cidades”.

Foto: divulgação | Fonte: Assessoria

 

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