Fórum dos Presidentes analisa os desafios do cooperativismo

Por Marina Klein Telles

O futuro do cooperativismo gaúcho está em debate em Gramado (RS). Foi iniciado nesta quinta-feira (30) o Fórum dos Presidentes, encontro promovido pelo Sistema Ocergs que reúne lideranças de diferentes setores para discutir as possibilidades de aperfeiçoamento e as bases para o crescimento das cooperativas gaúchas. O encontro segue até esta sexta-feira (1), falando sobre temas como os avanços políticos do cooperativismo, o futuro da economia no Brasil, além de questões como ESG e a reforma tributária.

Em sua fala de abertura, o presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann, lembrou que o cooperativismo é a mola mestra do desenvolvimento das comunidades do Rio Grande do Sul. De acordo com Hartmann, é fundamental que as cooperativas sejam cada vez mais profissionais e eficientes, mas sem esquecer a integração com as comunidades e a sua função social. “Estamos fazendo um grande debate democrático sobre as possibilidades de crescimento do cooperativismo. Queremos buscar ainda mais profissionalização e, como sistema, pensar o aprofundamento da cooperação transversal. É assim que chegaremos à meta de faturarmos R$ 150 bilhões em cinco anos”, afirma o presidente do Sistema Ocergs.

O painel de abertura, “Avanços Políticos do Cooperativismo e Perspectivas”, mediado pelo jornalista Tulio Milman, reuniu, além de Hartmann, os deputados federais Alceu Moreira (MDB-RS) e Pedro Westphalen (Progressistas-RS), e a gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta. A partir de diferentes perspectivas, foram traçados caminhos para o crescimento de todos os ramos do cooperativismo.

Para Alceu Moreira, ainda existem muitas possibilidades de avanço para o setor. “O cooperativismo não é importante apenas pelos resultados financeiros, pela capacidade integradora, pela possibilidade de empoderar os pequenos. Ele é importante pelo espírito que habita a alma das pessoas. Viver de forma cooperativa é uma escola. O sistema cooperativo é por excelência uma sociedade convergente. Agora, precisamos avançar para termos cooperativas em ainda mais setores, como a educação”, destaca o parlamentar.

Com forte ligação com o setor da saúde, Pedro Westphalen ressaltou o caráter transversal do cooperativismo. Para ele, é fundamental a união em defesa das cooperativas nos diferentes setores. “Precisamos ser radicais na defesa do segmento. Cada um de nós precisa entender que as cooperativas são de todos nós e defender esse sistema independe das posições políticas. A cooperativa está no campo, está no consultório, está em todos os lugares”, lembra.

Consumo e o futuro do cooperativismo

Ampliar o conhecimento da sociedade sobre o cooperativismo é um dos desafios traçados, especialmente entre as gerações mais jovens. A partir de dados levantados em pesquisas, a gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, lembra que a mentalidade da juventude é receptiva ao conceito de cooperação. “Temos que olhar as oportunidades. Quando pensamos no consumidor do futuro, vemos que essas novas gerações estão falando de economia colaborativa e compartilhada. São pessoas que querem substituir a posse por acesso. E o cooperativismo é a resposta para tudo isso. As cooperativas entregam preço, qualidade e propósito. O nosso desafio é falar do assunto com essas novas gerações”, salienta.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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