Exportações de componentes e químicos para calçados crescem em 20%

Por Marcel Vogt

As exportações de componentes e produtos químicos para couros e calçados, tabuladas pela Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), somaram US$ 37,85 milhões em março, 20% mais do que em fevereiro. Já no acumulado do primeiro trimestre, a soma alcançou US$ 96,9 milhões, 4% menos do que no mesmo intervalo de 2022.

No início do ano já tivemos duas feiras, a IFLS + EICI, na Colômbia, e a APLF, nos Emirados Árabes Unidos, e em ambas tivemos ótimos resultados.

O gestor de Mercado Internacional da Assintecal, Luiz Ribas Júnior, avalia que o resultado aponta para um ajuste previsto e que as exportações do setor, embaladas especialmente pela América Latina, devem crescer na faixa de 5% em 2023. “Existe uma recuperação, apesar de algumas dificuldades no mercado internacional, principalmente em função da retomada da China após um período de restrições provocadas pela política de Covid Zero. No início do ano já tivemos duas feiras, a IFLS + EICI, na Colômbia, e a APLF, nos Emirados Árabes Unidos, e em ambas tivemos ótimos resultados”, comenta o gestor, ressaltando que a participação em eventos internacionais, especialmente após a retomada das feiras presenciais, será fundamental para alicerçar o crescimento dos embarques ao longo do ano.

No primeiro trimestre, o principal destino das exportações de componentes e químicos para couro e calçados foi a China. Para lá, foram embarcados o equivalente a US$ 16,84 milhões, 38% menos do que no mesmo ínterim de 2022. O segundo destino do período foi a Argentina, para onde foram exportados o equivalente a US$ 10,17 milhões, 101% menos do que no mesmo período do ano passado. “A China é um país autossuficiente quando falamos de abastecimento para produção de calçados, por isso é uma queda natural neste momento de retomada forte da produção local. Já, na Argentina, soma-se a uma demanda desaquecida à medida do Banco Central da República Argentina (BCRA) que alterou as condições de acesso ao Mercado Único de Câmbio para pagamento de importações, o que vem atrasando os pagamentos das suas importações em 180 dias. “Muitos exportadores brasileiros estão exportando menos para lá ou até mesmo desistindo do mercado em função dessa dificuldade, que atinge, principalmente, as empresas de menor porte”, avalia Ribas Júnior.

O principal exportador de componentes e químicos para couro e calçados do Brasil é o Rio Grande do Sul. No primeiro trimestre, as fábricas gaúchas embarcaram o equivalente a US$ 56,5 milhões, 2% mais do que no mesmo período do ano passado. O segundo maior exportador do setor no País foi São Paulo, de onde partiram o equivalente a US$ 12,25 milhões, 19% mais do que no mesmo intervalo de 2022.

Materiais

Conforme a Assintecal, os principais produtos exportados pelo setor seguem sendo os “Químicos para couro”, que têm como seu maior mercado consumidor a China. No primeiro trimestre, as exportações do material geraram US$ 59,7 milhões, 17% mais do que no mesmo período de 2022.

O segundo produto mais exportado pelo setor no trimestre foi “Cabedal”, que somou US$ 16 milhões, queda de 61% na relação com o mesmo ínterim de 2022.

Na sequência apareceram os Químicos para Calçados – Adesivos, com US$ 12,5 milhões, incremento de 13% ante o ano passado; Laminados Sintéticos, com US$ 3,47 milhões e alta de 10% ante 2022; Solados, com US$ 1,5 milhão, queda de 301% ante 2022; e Palmilhas, com US$ 546,24 mil, queda de 78% ante 2022.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria

 

Publicidade

Você também pode gostar

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.