Contratações no varejo gaúcho devem voltar a crescer a partir de setembro

Por Gabrielle Pacheco

O saldo negativo registrado no emprego varejista gaúcho no mês de julho, quando, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram fechados 954 postos de trabalho, não surpreendeu a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS.

O presidente da entidade, Vitor Augusto Koch, destaca que julho é um mês onde historicamente acontecem mais demissões do que contratações no comércio do Rio Grande do Sul. De acordo com o dirigente, muitos fatores sazonais colaboram para formar esse quadro, entre os quais, as férias escolares.

“Geralmente o consumo cai nesse período do ano. É um fator ordinário e que em 2018 teve acrescidos aspectos negativos como a incerteza política e econômica, a crise em setores como o calçadista e o da borracha no RS, especialmente solados, ligados aos calçados, e a não retomada do setor de serviços”, enfatiza Koch.

Para o presidente da FCDL-RS a retomada de um ritmo mais forte de admissões no comércio deve acontecer a partir de setembro e continuar em elevação até dezembro, uma vez que o último quadrimestre do ano é o principal período de vendas do varejo e isso reforça a condição para geração de novos postos de trabalho no setor.

O quadro geral da empregabilidade no Rio Grande do Sul, segundo o Caged, mostra que pelo quarto mês consecutivo ocorreram mais demissões do que contratações. Foram abertos 83.025 postos de trabalho e fechados outros 85.682, gerando o saldo negativo de 2.657.

Mesmo com o desempenho negativo nos últimos quatro meses, no acumulado do ano o Rio Grande do Sul ainda apresenta saldo positivo de 23.648 postos de trabalho gerados desde janeiro. No acumulado dos últimos 12 meses são 15.240 vagas criadas. No Brasil, julho de 2018 apresentou o melhor resultado para o mês em questão desde 2013, com a abertura de 47.319 vagas formais de emprego.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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