Caxias do Sul sedia audiência pública da Comissão Especial das Universidades Comunitárias

Por Marina Klein Telles

O alinhamento de discursos propondo o resgate do Ensino Superior de forma prática e democrática foi um importante diferencial da audiência pública O papel das universidades comunitárias no Rio Grande do Sul e a facilitação do acesso ao Ensino Superior, realizada na manhã da segunda-feira (29), na Universidade de Caxias do Sul (UCS). Esse foi o primeiro de uma série de 14 encontros propostos pela Comissão Especial das Universidades Comunitárias da Assembleia Legislativa do Estado, presidida pelo deputado estadual Rafael Braga. As outras audiências serão realizadas nas demais instituições que integram o Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung), em datas ainda a serem definidas.

O resultado dessa série de audiências será um relatório que vai apontar as principais demandas das universidades comunitárias e propor soluções efetivas para que essas instituições resgatem seu potencial na geração do conhecimento. O diagnóstico geral apresentado na primeira audiência mostra uma considerável evasão do público universitário, muito devido aos efeitos da pandemia de Covid 19. “Estamos protagonizando e iniciando hoje um evento único, que será definitivo para reposicionar as universidades universitárias como agentes fundamentais nesse processo de transformação social”, observou o presidente do Comung e reitor da Unisc, Rafael Frederico Henn.

O reitor da Universidade Feevale, Cleber Prodanov, que é vice-presidente do Comung, destacou a importância das instituições comunitárias para o Estado. “Ninguém está aqui para passar o chapéu, e sim, para reforçar ao Executivo e Legislativo que, se eles querem desenvolver o Rio Grande do Sul, podem contar com as universidades comunitárias”, afirmou, ressaltando que a contribuição das comunitárias para a sociedade é para o futuro, e este passa pela educação e pelo desenvolvimento local e regional.

Segundo Prodanov, o desenvolvimento do Estado também depende das universidades. “Na política não tem vácuo, é preciso apoiar as comunitárias do ponto de vista do desenvolvimento local e regional. É com elas que o Estado conta, inclusive na hora em que surge uma pandemia. É com elas que as empresas contam quando precisam desenvolver uma área. É com elas que as prefeituras contam quando precisam atender a área da saúde e a formação de professores, por exemplo”, enfatizou.

O reitor da UCS, Gelson Leonardo Rech, que é secretário do Comung, salientou o potencial das universidades comunitárias devido ao modelo com que prestam assistência ao poder público, às iniciativas privadas e às entidades de classe. “Essas parcerias e essa troca de conhecimento precisam ser aprofundadas para que a sociedade se beneficie em áreas como educação, saúde, pesquisa e desenvolvimento econômico”, disse.

O presidente da Comissão Especial das Universidades Comunitárias da Assembleia Legislativa do Estado, deputado estadual Rafael Braga, lembrou que a comissão especial se constituiu num instrumento para colaborar com as universidades comunitárias. “Vamos trabalhar na elaboração de um relatório importante para que tenhamos um documento que norteie as ações das universidades comunitárias na captação de novos alunos e na melhoria de suas estruturas, por meio de parcerias público-privadas, de acordo com a demanda de cada região do Estado”, comentou.

Sobre o Comung

O Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung) é o maior sistema de educação superior do Rio Grande do Sul. É composto por 14 instituições, abrangendo quase todos os municípios do Estado. Essas universidades concentram 153.369 estudantes, 896 cursos de graduação e 715 cursos de pós-graduação e contabilizam 1,3 milhão de atendimentos prestados à comunidade.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
Publicidade

Você também pode gostar

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.