Câmara de Novo Hamburgo promove reflexão em alusão ao Dia da Consciência Negra

Por Stephany Foscarini

O Brasil celebrou no sábado (20), o Dia Nacional da Consciência Negra. A data, comemorada há 50 anos, relembra a morte de Zumbi dos Palmares, importante personagem da resistência à escravidão no país, e marca a luta por direitos e igualdade racial. Para ampliar a reflexão sobre o movimento negro, a Câmara de Novo Hamburgo recebeu nesta segunda-feira (22), autoridades e representantes de coletivos para falar sobre o assunto. O convite partiu do presidente do Legislativo, Raizer Ferreira (PSDB).

Debate e reflexão

“Estamos aqui para chamar a sociedade para fazer movimentos antirracistas, para desaprovar ações que, muitas vezes, passam despercebidas. O racismo, o julgar, o ofender: isso queremos acabar na nossa sociedade. Estaremos em cima das pessoas que têm esses atos e também da justiça para cobrar àqueles que praticam esses atos. Ainda temos que mudar muito a nossa cultura”, refletiu o presidente Raizer Ferreira.

Felipe Kuhn Braun (PP) destacou que o Dia da Consciência Negra marca uma história de lutas, dificuldades, tantos sofrimentos. Na opinião dele, temos de rememorar essa data e trabalhar políticas públicas que possam melhorar essa situação, eximir o racismo e o preconceito de toda ordem contra o povo de origem africana. “E nós somos essencialmente africanos, já que 54% dos brasileiros têm raízes africanas. Me causa estranheza alguns debates ligando a redenção que a monarquia teve com a abolição da escravatura. Na verdade, infelizmente, foram responsável por ela. Uma vergonha da nossa história brasileira e gaúcha. Nós brasileiros temos muitas dificuldades em lidar com a nossa história, não revisamos, não corrigimos, não somos uma sociedade que fiscalize, puna e revise seu passado e o seu presente, daí problemas como o racismo, que é muito forte, persistem e até aumentam”, disse.

A Lei Áurea foi assinada para refletir uma mudança no sistema de trabalho no mundo, que veio com a revolução industrial da Inglaterra. Se não fosse por isso, os barões do café e da cana de açúcar iriam continuar escravizando, sim”.

Zé Renato de Oliveira, que é radialista da União FM e jornalista na diretoria de Comunicação Social da Prefeitura de Novo Hamburgo, destacou a luta pela equidade e igualdade que os negros travam no Brasil diariamente. “Nossos irmãos negros foram arrancado da África de qualquer forma. Cinco milhões de escravos atravessaram os portos e chegaram ao Brasil tratados como animais. Esse racismo ainda continua no nosso país. A Lei Áurea foi assinada para refletir uma mudança no sistema de trabalho no mundo, que veio com a revolução industrial da Inglaterra. Se não fosse por isso, os barões do café e da cana de açúcar iriam continuar escravizando, sim. Não foi benevolência da Lei Áurea”, explicou.

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Foto: Daniele Souza/Divulgação | Fonte: Assessoria
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