O Brasil volta de Lyon, na França, onde participou da 47ª WorldSkills, o mundial de educação profissional, com oito medalhas, sendo uma de ouro, quatro de prata e três de bronze, além de 27 medalhas de excelência, que reconhecem o desempenho acima da média. O país terminou na segunda colocação no ranking de soma de pontos, atrás da China. A competição, realizada a cada dois anos em uma cidade sede diferente, aconteceu em Lyon entre os dias 10 e 15 de setembro, com 1.400 competidores de 69 países.
O presidente do Sistema FIERGS, Claudio Bier, acompanhou a delegação brasileira na WorldSkills e se mostrou impressionado. “O evento surpreende por seu tamanho, beleza e presteza”, ressaltou, destacando o trabalho feito pelo Senai, incluindo os estudantes do Rio Grande do Sul.
A delegação brasileira, formada por 64 alunos e ex-alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), disputou 56 das 59 modalidades do torneio – algumas são em dupla ou trio. Depois de quatro dias de provas, os vencedores subiram no pódio em cerimônia de encerramento, neste domingo (15) no estádio de Lyon.
WorldSkills
A WorldSkills, maior competição mundial de profissões técnicas, testa habilidades individuais e coletivas de jovens de até 25 anos recém-formados ou que estão cursando a educação profissional. Durante as provas, eles realizam uma série de tarefas de alto nível técnico e dentro de padrões internacionais de qualidade. “Os maiores méritos da competição são mostrar o caminho da educação profissional para os jovens e o quanto um ensino próximo da empresa e do mercado de trabalho tem condição efetiva de transformar vidas. Além disso, com educação de qualidade, temos uma indústria mais produtiva e competitiva”, afirma o diretor geral do Senai e Delegado Oficial do Brasil na WorldSkills, Gustavo Leal.
O torneio, criado em 1950, é uma oportunidade de os países prepararem as instituições de ensino e a força de trabalho para as novas tecnologias do mundo do trabalho, já que as ocupações e as provas da competição são regularmente atualizadas.
O Brasil teve sua primeira participação em 1983 e é uma das referências no torneio. Em Kazan em 2019, a delegação, formada por 63 competidores, conquistou o terceiro lugar no ranking geral de soma de pontos e 13 medalhas: duas medalhas de ouro, cinco de prata, seis de bronze e 28 certificados de excelência. Neste ano, além dos oito pódios e das 27 medalhas de excelência, o país ficou na segunda colocação da soma de pontos, atrás da China e seguido por França, Taiwan e Índia.